quarta-feira, 26 de maio de 2010

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!


Clarice Lispctor

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dependência.

É louca a facilidade que temos de nos tornar dependentes das coisas, das pessoas, dos hábitos, paisagens enfim, coisas que de um dia para outra passam a fazer parte de nosso cotidiano, por conseguinte de nossas vidas.

Eu por exemplo nos últimos tempos tenho “criado” dependências e mais dependências, que vão desde seriados de TV como exemplo Lost, passando pela leitura diária de alguma crônica, até a dependência de mandar mensagens via cel para algum amigo, explicitando assim minha saudade, mesmo que seja escrevendo alguma piadinha boba.

Pensando um pouco agora sobre o conceito de dependência, me bateu um medinho, quando digo a palavra D E P E N D Ê N C I A, me soa como algo ruim, é como se eu fosse seu refém, como se não me coubesse querer assistir lost ou não, é como se fosse uma obrigação, e a meu ver obrigação não é uma coisa legal, nem um pouco legal.

Contudo me vem à percepção de que minhas dependências atuais não contam com a mesma potencialidade que minhas dependências anteriores tinham para me ferir. Minhas dependências atuais são de coisas que tem sua validade pré estabelecida, ou cuja irrelevância não me faz dela seu refém, vejo hoje que o problema maior esta em se tornar dependente de pessoas, sejam elas quem for pai, mãe, irmãos, namorados, amigos, mas, por favor, caro leitor não seja ingênuo a tal ponto de pensar que eu acredito que podemos viver sozinhos, ou que não precisamos ser dependentes de alguém, o caso é que com esta coisa de dependência é preciso se ter muito cuidado e saber de onde vem, e qual o objetivo desta dependência, é preciso entender se esta dependência é real, ou se a criamos só por criar.

Mas então vendo sob este ponto de vista a pergunta é: como sabemos se esta é uma dependência real ou não??? Vixi ai fudeu, não tenho nem certeza se as minhas são reais ou não kkkk mas sei que as tenho, e me questiono sempre que possível se elas são reais ou não e em caso de dúvidas prefiro acreditar que são irreais, afinal de contas fui eu quem as criei, cabe a mim a decisão de com elas acabar ou não.

posso não agir assim, mas sei que é assim que deveria agir... sou menino moço, quem sabe um dia passo a agir como penso.

“it's a long way”

...

"o poeta não morreu, foi ao inferno e voltou..."

quinta-feira, 6 de maio de 2010

boa...

"não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses..."

quarta-feira, 5 de maio de 2010

homem

creio eu nos dia atuais, que ser homem nesta mesma atualidade é algo um tanto quanto difícil para aqueles que se atrevem a se auto-denominar homem. Esta sociedade liquida em que vivemos, vem a todo momento com cobranças das mais diversas, nos cobra determinada postura diante dos mais variados acontecimentos do cotidiano, posturas estas que se alternam com grande facilidade e em espaço curto de tempo, vamos a um exemplo pratico. Imaginemos a seguinte situação, uma pessoa do sexo masculino que auto-denomine homem, caminhando por uma rua tranqüila, digamos que em proximidades do centro da cidade, logo atrás duas outras pessoas do sexo feminino, que não precisão se auto declarem mulheres, pelo simples fato de serem mulheres. Derrepente um acidente, um pobre cachorro é atropelado, o "homem" a frente das duas Mulheres é o primeiro a se aproximar, com os olhos cheios d'agua, se descontrola e desmaia ali mesmo, ao ver todo aquele sangue, os comentários lançados sobre este pelas duas mulheres são os seguintes, a primeira diz "mas é um viadinho mesmo, chorou e ainda por cima desmaiou, bichinha de merda", a segunda diz o seguinte "magina amiga não fale assim, este é o homem que quero pra minha vida, um homem sensível, que se emociona até mesmo com a morte um bichinho, e que ao contrario de outros homens se deixa levar pelos sentimentos ao ponto de desmaiar".
pois bem temos ai um exemplo pratico deste duro cotidiano enfrentado por nós que se auto-denominamos homens, segundo o discurso da mulher A, o ato de chorar e de desmaiar, são coisas inaceitáveis para um homem, já para a mulher B, o ato de chorar e desmaiar é algo nato a pessoas sensíveis.
Não concordo com nem uma das duas idéias , meu caro leitor rs, pois nem uma delas levou em consideração o fato desta pessoa, que se auto-denomina homem, ser apenas uma pessoa, e de maneira bem simplista, a unica coisa que os diferencia é a quantidade de hormônios e o aparelho sexual, contudo este homem tem um "papel" a cumprir, papel este construído históricamente, não não ... não me venha com biologismo neste momento, a estória é minha.
Seguindo então este teoria histórica, podemos concluir que os homens têm o direito de baterem em mulheres, tratarem nas como objeto e outras coisas mais????
não quero aqui criar um debate, só escrevi tudo isso pra poder desabafar uma coisa...
"me deixem viver a porra da minha sensibilidade, sem achar que sou gay, me deixem chorar, sem achar que sou gay, não precisam aceitar minha histeria, mas por favor a respeitem..., sem achar que sou gay"
heheiee pronto falei!!!!!! obrigado amigas!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Identidade

desde os meus 14 anos tenho uma identidade, pelo menos por aqui é como chamamos nosso RG, o meu particularmente é o de nº 7810492-9, segundo dizem este nº é só meu, ninguém mais tem um igual ou seja, sou único rs. A verdade é que de uns tempos pra cá não tenho dado muita importância para esse documento tão importante, documento este que me assegura tantos direitos, e o mais importante da a credibilidade necessária pra dizer que eu sou eu de verdade.
mas a verdade é que eu não sei ao certo qual é minha verdadeira identidade, antropologicamente falando, tenho trocado tanto de identidade que acabei me perdendo e na tentativa de construir uma nova identidade para cada contexto vivido por mim ao longo de minha, relativamente, pequena vida acabei acreditando em tantas "verdades" de como ser que hoje não sei direito quem sou.
na tentativa, ainda que tardia, de estabelecer uma identidade que se aproxime ao menos um pouco desde Alex que temos na atualidade, me foi estranho estabelecer tal paralelo, mas explico o porque. Este Alex da atualidade, é um Alex constituido por 26 anos de muitas e muitas pessoas dizendo que ele tinha que ser isso, e aquilo e aquilo outro, é um Alex que para sobreviver teve que se calar em diversos momentos, e rir mesmo quando a vontade era a de chorar, mas que aprendeu, tardiamente, que existe a possibilidade de se ser o que se quer ser, que talvez não seja assim tão facil, mas que existe uma possibilidade, e quando existe uma possibilidade, é porque existe uma possibilidade!!! rs
Contudo para o estabelecimento desta "nova" identidade é preciso pensar sobre alguns fatores, contexto em que se esta inserido, e neste entra condições financeiras, emocionais, patológicas e por ai vai. Pois bem, pensemos na realidade deste jovem citado acima, Alex, quando se trata de condições financeiras, este sempre esteve com o perdão da palavra "fudido", no entando este foi um problema que sempre se resolveu, ou não, mas a questão é que esse nego é danado e sempre deu jeito pra esses empecilhos da vida moderna, no tocante a problemas patológicos, esse nego tem uma saúde ferro rs, mas no que se refere a problemas emocionais vixiii vamos parar por aqui.
Não consegui criar uma identidade sólida em vinte seis anos, e você acha que vou conseguir fazer isso em alguns minutos???? puts Alex você só pode estar de brincadeira comigo né!!!!! rs

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

"Fernando Pessoa"