Uma sensação de vazio, quando na verdade estou cheio. Um sentimento de desejo, quando na verdade o que eu mais quero é não mais desejar. Um pensamento impulsivo, quando o racional mais que nunca toma conta de mim. Minhas percepções se agução, meu eu já não é o mesmo de outrora, minhas vontades permanecem intactas, dai a sensação de que a agução de minhas percepções e a mudança do meu eu são falsas. Mais uma vez este momento, pelo qual já passei algumas outras vezes bate a minha porta, e eu, rapaz maduro, batuto e racional volto a ser aquele mesmo Alex, aquele mesmo eu... aquele, aquele, talvez com uma diferença, já não tenho mais os velhos amigos pra me acolher, já não tenho a mesma vontade de sair pra "pedir" colo, já não sou tão "bom" quanto fui...
O medo de estar só já me fez muito mal, mas o mal de estar só não tem me feito tanto mal assim, mesmo assim esse é um sentimento com o qual nunca busquei dialogar, nunca busquei entender, sempre fugi. O problema, é que como muitos, só "decidi"-me por enfrentá-lo agora, já sem escapatória. Pobre do homem que tem pena de si, tento fugir desse sentimento a meu ver desprezível, mas sou e não sou tão forte assim, vontade de resolver os problemas do mesmo jeito de antes, mas nem isso consigo. Meu lado animal se domesticou, minha fúria virou poesia, meu medo busca a força, não sou dono de mim! o estar no meio do caminho me apavora assim como me alegra. Desta forma, estes escritos são o meu novo modo impulsivo de me rebelar, de gritar, de te agredir e de me assustar...    

defeitos

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

Clarice Lispecto

Abujamra

Sair do próprio eu é um dos sonhos mais inteligentes que o homem pode ter...

quase 28...

já mais que passou da hora de voltar... pois bem aqui estou, dias corridos, turbulentos, quase que descontrolados rs, mas aqui estou. daqui a 16 dias este jovem rapaz fará twenty eigth years old, e desde já creio que este será o melhor dos os meus invernos. Por dentro, uma explosão de alegria, um prazer em ser eu, uma vontade ainda maior de ser quem sou, e tudo isto não se deve ao fato de ter passado no mestrado na universidade estadual de Londrina, ou de ter um trabalho que amo e cujo salário não é tão mal, nem muito menos por poder contar com alguns poucos e verdadeiros amigos, mas creio que por ser eu, de me lembrar por tudo o que passei, das estratégias utilizadas para tal sobrevivência, deslizes, paixões... enfim hj vejo que ser alex não é tão ruim assim, não, não é, e se assim eu pudesse mas algumas vezes ser alex, haaaa eu seria.

Pessoas...

" Aquilo que o "eu" tem de único se esconde exatamente naquilo que o ser humano tem de inimaginável. Só podemos imaginar aquilo que é idêntico em todos os seres humanos, aquilo lhes é comum. O "eu" individual é aquilo se distingue do geral, portanto aquilo que não se deixa adivinhar nem calcular antecipadamente, aquilo que precisa ser desvelado, descoberto e conquistado do outro."

Milan Kundera

então é natal...

fim de ano tranquilo, tão tranquilo que me cheira a problemas rs

tensão

Descubro hoje, pra ser sincero neste exato momento, que só consigo escrever neste bom e nem tão velho blog quando em momentos de tensão, é triste saber disso, pois mais uma vez estou a usar “alguém”, afim de saciar mais uma carência, carência esta que se metamorfoseia constantemente, e eu bobo e carente que sou creio que ao saciar determinada carência estarei com minha vida aprumada rs... haaaa meu bom, quão tolo eu sou, quão inocente eu sou???? creio que nem um nem outro, o que faço é apenas tentar ver o mundo com meus olhos, entretanto, contudo, por conseguinte este danado teima em me dizer que na minha vida quem manda, não sou eu... “veja vc, arco-íris já mudou de cor” e eu? Eu não, eu continuo pretinho, continuo construindo um mundo que só existe dentro de mim, continuo a querer mais e mais e mais... continuo com tudo que é velho e eterno dentro de mim, continuo a sorrir por vezes tendo bons motivos para tal, e por vezes não os tendo... continuo a me entristecer em momentos de festa, e em momentos propícios para tal, continuo a viver, a buscar, a sorrir e a chorar, a fazer planos, a desfazê-los, a arrumar e desarrumar as malas, a conhecer e desconhecer pessoas... a amar... amar sem quase nunca des- amar rs, continuo usando e sendo usado, num movimento cíclico que as vezes me chateia, e as vezes não.

Mas creio que a vida é assim, e o fato deste blog ainda existir é fato de ele ser usado em momentos de tensão, caso contrario este deixaria de existir... ou não, vai saber.