segunda-feira, 30 de novembro de 2009

1 Todinho, 2 canudos...

Quantos de nós, com 26 anos, temos o privilégio de “perder” duas tardes de uma pequena semana constituída de 7 dias, para participar de um torneio de tacos, e ainda ter o Sábado e domingo para descansar das dores e bebedeiras que este torneio lhe causou?
Quantos de vocês ao lerem o primeiro parágrafo deste texto não estão a pensar, para os vagabundos isso é fácil!!!, e quantos de vocês que mesmo não tendo participado comigo deste incomensurável evento estão a pensar... haaa isso ia ser mto mto legal. Não sei a resposta e o objetivo destes escritos não é o de construir uma enquete, e sim expressar angustias construída ao longo de uma vida laborioso, porem boa, sim o objetivo deste texto também não o de reclamar da vida lascada pela qual passou este autor rs.

Da Inscrição...

A inscrição se deu de forma ocasional, deitado em uma grama batendo um papo com amigos, Peu, Diguinho e Etinalti, dois jovens senhores nos apresentam a proposta, um torneio de tacos que duraria dois dias, e com certeza só os fortes sobreviveriam rsrs, o premio para o 1º lugar una tequila Jose Cuervo, leia se (rrrrocêsito cuervo) para os mais íntimos, para o segundo lugar nada menos que uma vodka Balalaika junto a um suquinho de uva, e o tão esperado e mais cobiçado de todos, o terceiro premio, um todinho e dois canudos.

Do primeiro dia de Jogo...

De forma descompromissada fomos ao primeiro dia de torneio, primeiramente demos uma passada no “beco” um estabelecimento comercial cujo objetivo é a venda de “secos” e “molhadas” rs, este fomos é constituído por uma equipe de primeira, juntos desde o primeiro até o ultimo momento, Piva, Peu, Diguinho e eu. Após dois litros de algo “molhado”, fomos todos “secos” para o jogo, o secos ficou meio nada a ver kkkk, lá chegando uma galera universitário sem nada pra fazer, todos muito emocionados com o evento, mta bagunça, uma folia só. Discutimos regras, sempre buscando auxilia na memória de infância, e que comecem os jogos.
Cada equipe pode escolher um nome, nossa equipe foi formada por mim e Peu no campo e Diguinho nosso técnico, sempre a beira do “campo” nos dando mtas dicas e principalmente enchendo nosso copinhos de algo “molhado”, éramos os Quebradeiros. Ganhamos o primeiro jogo com extrema facilidade 12 a 4... somos foda mto foda rs. Fim de jogo para o primeiro dia muitas equipes concorrendo cada partida era eliminatória, mesmo sem nada pra fazer ficamos por ali, prestigiando o evento, mesmo porque o “molhado” tava rolando solto.

Do Capote...

Já começava a anoitecer estávamos bem alucinados por conta dos “molhados” que bebíamos desde o começo da tarde, resolvi partir para o “seco” e fui jantar no RU, peguei a bike de uma das organizadoras do evento, que prontamente me cedeu a bike, e fui feliz e contente pro RU, jantei, papiei com colegas que estavam por ali e decidi voltar para juntar me ao grupo...
No caminho já senti meu coração um tanto apertado, mas como não sabia o que era continuei, pedalando e cantando e curtindo... (melhor dexa né) então próximo a reitoria descobri o porque do aperto em meu coração, um carro verde aparece, vejo que é meu amigo Netinho, levanto a mão direita para dar um tchalzinho, com a esquerada aperto sutilmente o freio, a cagada é que era o freio da frente, e o maldito era bom d+, mas d+ mesmo rs, não deu tempo de nada, levei um capote que só assim como o taco, só lembro de faze-lo quando criança, mas fiquei tranqüilo meus amigos Peu Diguinho e Piva vieram me socorrer, ouvi gritos... Alex você esta bem??? E logo respondi, “tudo doi”, então os mesmo amigos sem se quer retirar a bike de cima de meu corpo, sentassem a beira do meio fio e riem... riem, e eu sem ter o que fazer me junto a ele e sob a bicicleta morro de rir também.

Do todinhoooo...

O segundo do torneio começa, eu extremamente debilitado e de mal humor, ganhamos o primeiro jogo com uma virada fenomenal, perdíamos de 10 a 1, viramos o jogo... somos foda, mto foda, perdemos o segundo jogo por tempo, a tristeza assolou-nos então partimos pro “molhado” e a luz voltou rs, ultimo jogo, muita escuridão não víamos a bolinha, miguê papo e perdedor kkkk, e perdemos o jogo. Das 25 equipes que começaram ficamos em terceiro lugar.

Dos canudos...

Me lembro até agora da comemoração, eu e Peu colocando dois canudinhos no buraco apertadinho do todinho... ui, e uma grande “golada”.

to fudidoooo...

Ia até escrever mais algumas coisas mas não dar tempo, tenho dois trabalhos, um seminário, um artigo e uma prova pra fazer...kkkkkk somos foda, mto mto foda.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Plagio.

    Descubro, tardiamente, que ficar consigo mesmo é a unica forma de crescimento espiritual, como crescer se vivemos rodeados por idéias que não são as nossas? na verdade quais são as nossas idéias? é meio constrangedor chegar a uma certa idade e pensar quais são suas idéias, e demorar ao menos 5min para expressar tal unica idéia, e que por sinal é plagio da idéia de alguem.
    Pra piorar ou melhorar, sei lá depende do ponto de vista, esta idéia de que descubri "tardiamente que ficar consigo mesmo é a unica forma de crescimento espiritual", é um plagio, poise acho que não foi eu quem descobri isso, o fato de não me lembrar quem me disse isso, não faz de mim dono destas palavras, mas sei que sou dono dos meus sentimentos, que mesmo sendo plagio dos sentimentos de alguem, são meus, não que sejam só meus, mas a forma como os sinto é algo único. Será que existe algo único? sei por exemplo que um infarto não causa as mesmas sensações para todos que os têm, mas um infarto é um infarto e pronto, os meus medos, sonhos, inseguranças e buscas, podem ser os mesmos de outras pessoas, as quais plagiei, mas são meus ou não.


    "Sonho. Não sei quem sou neste momento.

    Durmo sentindo-me. Na hora calma
    Meu pensamento esquece o pensamento,

    Minha alma não tem alma.

    Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
    Parece que erro. Sinto que não sei.
    Nada quero nem tenho nem recordo.

    Não tenho ser nem lei.

    Lapso da consciência entre ilusões,
    Fantasmas me limitam e me contêm.
    Dorme insciente de alheios corações,

    Coração de ninguém".

    Fernando Pessoa