terça-feira, 16 de outubro de 2012

Uma sensação de vazio, quando na verdade estou cheio. Um sentimento de desejo, quando na verdade o que eu mais quero é não mais desejar. Um pensamento impulsivo, quando o racional mais que nunca toma conta de mim. Minhas percepções se agução, meu eu já não é o mesmo de outrora, minhas vontades permanecem intactas, dai a sensação de que a agução de minhas percepções e a mudança do meu eu são falsas. Mais uma vez este momento, pelo qual já passei algumas outras vezes bate a minha porta, e eu, rapaz maduro, batuto e racional volto a ser aquele mesmo Alex, aquele mesmo eu... aquele, aquele, talvez com uma diferença, já não tenho mais os velhos amigos pra me acolher, já não tenho a mesma vontade de sair pra "pedir" colo, já não sou tão "bom" quanto fui...
O medo de estar só já me fez muito mal, mas o mal de estar só não tem me feito tanto mal assim, mesmo assim esse é um sentimento com o qual nunca busquei dialogar, nunca busquei entender, sempre fugi. O problema, é que como muitos, só "decidi"-me por enfrentá-lo agora, já sem escapatória. Pobre do homem que tem pena de si, tento fugir desse sentimento a meu ver desprezível, mas sou e não sou tão forte assim, vontade de resolver os problemas do mesmo jeito de antes, mas nem isso consigo. Meu lado animal se domesticou, minha fúria virou poesia, meu medo busca a força, não sou dono de mim! o estar no meio do caminho me apavora assim como me alegra. Desta forma, estes escritos são o meu novo modo impulsivo de me rebelar, de gritar, de te agredir e de me assustar...