quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

só no ombrinho...

Existe uma infinitude de coisas que eu quero saber, existe outra infinitude que eu nem sei que quero saber. A gente cresce sem saber ao certo quais as referências ou motivos que nos levaram e ser quem somos, talvez sejamos aquilo que nossos pais quisessem que fossemos, talvez fomos influenciados por amigos, professores, namorados, patrões enfim, todas as pessoas que desaperbidamente passam por nossas vidas e deixam um pouco de si.
Hoje lendo a dissertação de mestrado de um amigo, amigo este que me ensinou a sambar com o ombrinho, pude perceber o quanto crescemos com estas pessoas que passam por nossas vidas de forma desapercebida. Te conheci ô Pedro amigo meu sem saber como nem onde, a única coisa da qual me lembro é que derrepente estávamos nós bebendo, sambando, jogando capoeira, trocando confidencias e acho que o melhor dando boas risadas um do outro. Ler tua dissertação me fez lembrar das “pretas”, do meu irmão Luiz, da minha primeira namorada de faculdade, da minha entrada na UEL, me fez voltar em 2006 e vir relembrando meu “crescimento” até os dias atuais.
Sabe meu caro, após ler os teus escritos consigo sentir pela primeira vez em minha vida acadêmica, o que realmente quero pra mim, ler autores consagrados falando sobre negritude, e até mesmo ler artigos e livros da Nilza, sempre me deixaram tocados e com muita vontade de fazer mais por nós negros, mas ler a tua dissertação, e me lembrar de pequenos momentos nos quais vivenciei a elaboração desta me causou algo que ainda não sei explicar, me deu orgulho entender tudo aquilo que vc escreveu, me deu orgulho imaginar o trabalho que vc teve em pesquisar tudo isso e saber que vc conseguiu, poise cara não sei se isso é muito relevante mais sinto um puta orgulho de você.
Agora me pego em risos, essa vida é muito louca, lendo um trecho da entrevista que eu lhe concedi, me da vergonha, meu Deus como eu era menino em 2006, rs não que isso tenha mudado muito, e em 2008 eu ainda continuava menino, um pouco menos talvez, eu só queria saber o que se passou na sua cabeça quando das duas entrevistas, poise a gente cresce sem perceber.
Mas acho que é isso, hora de crescer, e o mais difícil, tentar direcionar este crescimento, boa sorte pra nós e que tenhamos o prazer de nos depararmos com vários amigos desapercebidos por ae.

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